sábado, 28 de janeiro de 2012

A obesidade começa na cabeça


A obesidade começa na cabeça

Para o médico argentino Máximo Ravenna, o excesso de peso é fruto de uma compulsão gerada por certos alimentos e estimulada pelo ambiente onde vivemos

A obesidade começa na cabeça
por Diogo Sponchiato

Há 23 anos, o clínico-geral e psicoterapeuta Máximo Ravenna começou a formular um método de emagrecimento capaz de superar os resultados insatisfatórios que, até então, observava em boa parte dos pacientes acima do peso. Ao reunir sua própria experiência a evidências científicas, ele criou um sistema que combina trabalho psicológico, eleição de alguns grupos alimentares e atividade física com o objetivo de mudar o comportamento do obeso e ajudá-lo a se livrar de vez (e, diga-se, depressa) de 20, 30... 60 quilos. O método, batizado com o seu sobrenome, já foi adotado por cerca de 50 mil indivíduos mundo afora — quase 5 mil no Brasil, onde o especialista mantém duas clínicas, uma em São Paulo e outra em Salvador. Aproveitamos o lançamento de seu primeiro livro no país, A Teia de Aranha Alimentar (Editora Guarda-Chuva), para conversar com o médico sobre o avanço da obesidade, o vício por comida e as medidas para contê-lo.

SAÚDE - O senhor usa a metáfora da teia de aranha para explicar como alguns alimentos nos tornam presas deles e nos fazem engordar. Essa teia sempre existiu?

MÁXIMO RAVENNA - Não, ela é um fenômeno
que começou a aparecer nos últimos 40 anos, com o modelo americano de globalização alimentar, marcado por uma sobreoferta de comida e o acesso fácil a ela. Os Estados Unidos foram o primeiro país obeso da história — isso já na década de 1960. Com o tempo, esse problema se estendeu por outras nações, especialmente entre grupos que já tinham maior predisposição genética para engordar. Hoje, a obesidade afeta 25% das pessoas no globo, e o sobrepeso, 40%. E vê-se que, com o aumento da longevidade, também cresce o risco de ficar acima do peso.

Como o mundo conspira para engordarmos?
O padrão de alimentação mudou e o sedentarismo avançou. As pessoas passam horas confinadas em ambientes fechados e sofrem cada vez mais com o estresse. Isso cria uma demanda por alimentos apetitosos e faz desenvolver uma necessidade de buscar algo de que não precisamos de fato para sobreviver. Assim como o ser humano incorporou o tabaco e o álcool no dia a dia, que são totalmente dispensáveis para o funcionamento do seu corpo, ele passou a recorrer aos doces, aos biscoitos, às massas... Nem sempre quer comer, mas acaba fazendo isso de modo automático e distraído. E há quem enxergue na comida uma forma solitária e prazerosa de fazer um stop na rotina. A grande questão é que essa gente prioriza itens que mexem com a bioquímica cerebral.

E quais são esses alimentos? Como eles interferem em nosso cérebro?
Estou falando daqueles feitos de farinha refinada, açúcar e gordura saturada, dos produtos processados e industrializados. Seus ingredientes não têm muito valor nutricional e ainda são capazes de alterar, na massa cinzenta, os níveis de neurotransmissores como dopamina e serotonina, relacionados à sensação de prazer e bemestar. É por isso que o seu consumo gera dependência. Os sistemas cerebrais afetados por eles são os mesmos estimulados por drogas como anfetaminas e até a cocaína. Aliada aos apelos das propagandas e das embalagens, a receita desses alimentos instiga exageros e compulsões.

O senhor condena os carboidratos?
Devemos evitar os carboidratos refinados, aqueles de massa branca, e dar preferência aos integrais, ricos em fibras e que, assim, agregam valor àquilo que comemos.

O que leva alguém a se viciar por comida?
Há estudos mostrando que os indivíduos engordam por causa do ritmo de trabalho, da perda da vaidade ou porque trocam o vício do cigarro pelo da comida. Quase sempre há falta de reflexão e autoconhecimento. Assim, a ansiedade e o estresse não fazem necessariamente que você se vicie em um alimento, mas passe a usálo para descarregar a tensão. As pessoas se apegam a ele sem saber o que se passa dentro delas, quase que por distração. Daí, se procuram ajuda médica e o tratamento não dá tanto resultado, se frustram a ponto de descontar no prato e comer mais e mais. O mesmo raciocínio se aplica a quem faz uso de remédios para emagrecer. Se o paciente não aprende a se cuidar, isto é, dominar sua tendência a abusar, ficará mais uma vez acima do peso.

Até que ponto a personalidade ajuda a ditar o impulso por comer?
Há pessoas que têm maior dificuldade para encontrar seus limites. Elas precisam aprender a diferenciar a necessidade de matar a fome do comer por mero impulso. Essa atitude é facilitada pelo fato de que hoje os alimentos calóricos estão sempre à mão e associados a encontros e reuniões agradáveis, sem falar no seu poder hedônico sobre o paladar. Além disso, temos que considerar que existem casos de distúrbios psíquicos, como os transtornos obsessivos e a própria depressão, cujos portadores sofrem ainda mais para se controlar. Quem está deprimido, por exemplo, busca em alimentos a alegria que lhe falta em outros momentos da vida.

No livro, o senhor diferencia o vício por comer e o vício por comida.
Sim, o primeiro é comportamental. O indivíduo não consegue ficar muito tempo sem comer, independentemente do que está à sua frente. Ele tem que se sentir mastigando, botando algo para dentro. O segundo se refere a algo específico, como o chocolate. O alimento-gatilho varia de pessoa para pessoa, dos gostos particulares, de como o corpo responde àquelas substâncias. Há ingredientes, como o açúcar, que funcionam como drogas e disparam uma sensação de válvula de escape.

Como seu método combate a compulsão?
Trabalhamos com o conceito de adição, ou vício, e com a mania de excesso. O problema não está no prazer despertado pelo alimento, mas no alimento em si e no efeito dele sobre o corpo. O método propõe a exclusão de alguns itens, como os carboidratos simples, porque eles incitam a vontade de comer. Estabelecemos essa noção de corte, a de medida ou quantidade das refeições e a da distância que se deve manter dos alimentos- gatilhos. A dieta tem de ser mais rígida e com poucas calorias, priorizando tudo o que gera maior saciedade. Somam-se a isso a prática de atividade física orientada e o trabalho psicoterapêutico. E, claro, depois do emagrecimento, temos de zelar pela manutenção do peso e do novo comportamento.

E essa estratégia funciona mesmo em gente muito gorda?
Os melhores resultados proporcionados pelas mudanças no estilo de vida e pelo acompanhamento clínico são vistos em pessoas extremamente obesas, que perdem 40, 50 quilos. Elas se curam inclusive de problemas como o diabete e a pressão alta.

Qual a sua opinião sobre os remédios para emagrecer e as cirurgias bariátricas?
Acredito que devemos dar uma oportunidade de o obeso mudar seus hábitos para emagrecer antes de receitar drogas ou mandá- lo à sala de cirurgia. Hoje há uma valorização excessiva dos medicamentos, o que não deixa de ser um reflexo da impotência dos médicos. O especialista deveria cuidar da cabeça do paciente, com uma atitude firme. Se ele o vê como um pobrezinho, sem ação, está condenando-o à sua doença.

Qual a grande dificuldade para um médico que lida com a obesidade? E a do paciente?
Para o médico, é lidar com as frustrações, perceber que o indivíduo não crê totalmente na sua capacidade de mudar. E, para o paciente, não é nada fácil manter o bom humor diante das restrições nem aderir 100% ao tratamento. O que nós, médicos, temos de fazer é convencê-lo de que a vida não pode se resumir a uma busca constante pelo emagrecimento. A saída definitiva para não ter de arcar com essa preocupação é mudar seu comportamento e seus hábitos.

Os pilares do emagrecimento, segundo Ravenna

• Cortar radicalmente carboidratos simples
• Porções reduzidas de alimentos, sempre selecionando itens que aumentam a saciedade
• Evitar situações que disparem a compulsão. E, claro, isso varia de indivíduo para indivíduo
• Atividade física orientada
• O maior diferencial: frequentar, até diariamente se for o caso, sessões de terapia em grupo, onde se trabalham questões como a autoestima e os gatilhos que levam a buscar — por ledo engano — alegria de viver na comida

A teia de alimentar - Quem come quem?

Autor: Máximo Ravenna
Editora: Guarda-Chuva
Número de páginas: 264
Preço sugerido: R$ 38,00
Fonte: http://saude.abril.com.br/emagrece-brasil/obesidade-comeca-cabeca.shtml

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A doença é uma ilusão

Cherrydas, li o post a seguir no blog da Laura Botelho =>  http://bloglaurabotelho.blogspot.com/2010/06/plano-basico-de-sobrevivencia-mantenha.html

Estou postando a parte que nos importa, espero que consigam absorver o que eu consegui..Certamente não custa prestar a atenção à causa de nossas doenças e problemas, uma auto-análise sensata pode nos transportar à cura de muitos males.

21/06/2010

Plano básico de sobrevivência – Mantenha-se vivo


[...]
A doença é uma ilusão.

Doença é uma palavra/símbolo, que expressa o contrário de não estar saudável, é apenas uma condição.

O que há são SINTOMAS que expressam um pensamento. Todo sintoma apresentado é a manifestação vibratória de seus PENSAMENTOS. Isso deve ficar bem claro em sua mente. Você é aquilo que pensa ser.

Se você acredita que está muito doente, vc estará certo. Se vc acredita que é saudável e nada lhe atinge e pode se recuperar rapidamente de qualquer evento vc estará certíssimo!

Emoção nada mais é que uma química
despejada holograficamente.

Existem materiais químicos para raiva, para tristeza, para vitimização, para desejo, para todos estados emocionais, pelos quais passamos. Vigie seus pensamentos!!

À medida que o nosso corpo vai perdendo a carga elétrica (baixa vibração) os sintomas vão aparecendo.

Câncer é a expressão vibratória de uma magoa profundaAlzheimer é uma expressão vibratória de necessidade de fuga. 

Diabetes é uma expressão vibratória de ausência de vida “gostosa”, prazerosa que não a tem mais! O “doce” da vida se perdeu... Uma manifestação característica de idosos depressivos ou pessoas que comem absurdamente para saciar sua ansiedade, pois têm medo do futuro não ser mais “gostoso”.

Lembrando sempre que somos seres especiais e um grupo muito pequeno se apoderou desse conhecimento – de todo conhecimento – sobre tudo. Sobre o ciclo natural da Galáxia, do universo, sobre a Física dessa dimensão, sobre nossa história e origem, sobre como nos curar e permanecer saudáveis - entrar noequilíbrio vibratório novamente.

Sintomas nos mostram que saímos do equilíbrio vibratório. OK?

O DNA humano vibra em 52-78 Gigahertz (bilhões de ciclos por segundo), já os animais 47 Gigahertz e plantas 42 gigahertz.

Cientistas acreditam que esta energia sutil, de um bilionésimo de um watt por cm2, é o sistema de apoio eletromagnético denominado "chi".  De acordo com os clássicos chineses, o chi é chamado de "comandante do sangue." 
A freqüência média do
corpo humano saudável é
62 - 78 Hz.

Quando a freqüência cai o sistema imunológico está comprometido. O estresse emocional é o causador freqüente dessa baixa vibração.

Se a freqüência cai para 58 Hz, sintomas da gripe aparecem, em 55 Hz, sintomas como a Candida tomam posse, e aos 42 Hz produz se células cancerígenas. 20 Hz o corpo entra em colapso - morte

Abaixo de 42 Hertzo sistema imunológico não consegue resistir à enfermidade. O corpo começa a enviar desesperadamente sinais que incluem dores de coluna, tensões musculares, dores de cabeça; se não escutamos estes sintomas, descarregamos pouco a pouco a nossa carga elétrica e os sintomas pioraram a cada dia.

Esses seres negativos se apoderaram de tooooda essa informação que nos levaria a uma existência magnânima, fantástica, se soubéssemos usar esses conhecimentos, nesta em outras dimensões, mas o que acontece é que não passamos para outros níveis de evolução por conta da informação errada que eles nos dão dia após dia. Quem vai duvidar de um médico? Na hora da dor ele é DEUS!

[...]

Tenham uma maravilhosa e abençoada semana!

Beijos, Beijos

Cherry Gim


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Santas e anoréxicas - Gordura como sinal de beleza

Revista Mente & Cérebro - edição 171 - Abril 2007

Santas e anoréxicas
Na idade média, gordura era sinal de prosperidade e beleza. Tal exuberância causou indignação entre jovens religiosas, que passaram a recusar alimento
por Moacyr Scliar
Por muitos e muitos milênios, e ainda hoje, para vastos contingentes populacionais a falta de alimento, não o excesso deste, constituía ameaça à saúde. Magreza era um perigo; estava associada com muitas doenças, sobretudo a tuberculose. Gordura, pelo contrário, era sinal de saúde.

Estes conceitos mudaram radicalmente. Obesidade, sabe-se hoje, predispõe a doenças. O obeso é, não raro, olhado com irritação; afinal, comer é uma forma primária, e fácil, de gratificação; remete à oralidade da infância. O obeso ocupa espaço, num mundo em que a expressão “estou buscando meu espaço” é constantemente repetida. Obesidade gera culpa e é combatida com providências às vezes drásticas. Mulheres jovens, sobretudo, restringem dramaticamente a ingestão de alimentos, não raro chegando à anorexia nervosa, uma situação que, entre parênteses, só no século XIX foi rotulada como doença. Uma doença para a qual chamaram a atenção os óbitos da cantora americana Karen Carpenter e, mais recentemente, da modelo brasileira Ana Carolina Reston Macan.

A anorexia começou a se tornar visível no início da Idade Moderna. Depois de séculos de pobreza medieval, a Europa entrou num período de prosperidade: as pessoas das classes mais elevadas passaram a se vestir bem, morar bem, comer bem – e muito. A gordura era sinal de prosperidade e, nas mulheres, de beleza, como mostram os quadros de Rubens (1577-1640). Esta exuberância suscitou protestos que, sobretudo entre religiosas jovens, tomaram a forma de recusa do alimento. Um exemplo clássico é o de Santa Catarina de Siena. Nascida em 1347, ela foi educada por uma mãe dominadora, com quem tinha uma relação conflituosa. Muito cedo começou a ter visões místicas e, a partir daí, passou a recusar o alimento e a se flagelar. Só comia alguns vegetais e frutas para não chocar demasiadamente as pessoas com quem convivia. A fragilidade de seu corpo antecipava uma morte precoce e, de fato, faleceu aos 33 anos. Já Santa Maria Madalena de Pazzi (1566-1607) via a vontade de comer como tentação do Diabo; Santa Rosa de Lima (1586-1617), além de jejuar, usava cilício e dormia em cama forrada de cacos de vidro, espinhos e pedras. Às sextas-feiras, dia da Paixão de Cristo, Santa Verônica Giuliana (1660-1727) ingeria apenas cinco sementes de laranja, evocando as cinco chagas de Jesus.

Séculos depois, movida por motivação similar, uma escritora francesa também ficaria conhecida pela anorexia: Simone Weil (1909-1943). De uma culta e abastada família judaica, Weil muito cedo tornou-se militante esquerdista e foi trabalhar como operária numa fábrica: penosa experiência, que retratou em La condition ouvrière (A condição operária). Deixou o judaísmo e passou a praticar um cristianismo peculiar, místico. Seu ascetismo manifestava-se na recusa de alimentos, coisa que aliás vinha desde a infância: aos 5 anos negava-se a comer açúcar, porque o uso do produto era racionado entre soldados franceses que lutavam na Primeira Guerra. Durante a Segunda Guerra, exilada nos Estados Unidos, limitava-se a ingerir o equivalente das rações dadas aos seus concidadãos na França ocupada: sentia-se culpada por ter alimento quando tanta gente passava fome e por ser poupada da guerra enquanto tantos soldados morriam. Seguiu-se a desnutrição, agravando a tuberculose de que já sofria; e, por fim, faleceu em Londres, onde tentava participar da resistência contra os nazistas. Sua trágica existência, mostra, entre outras coisas, que o alimento pode ter um aspecto simbólico importante. Tão importante que às vezes é capaz de ceifar vidas.

Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/santas_e_anorexicas.html
Moacyr Scliar é médico, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Armadilhas da obesidade - Parte 2

Armadilhas da obesidade - Parte 2
Mecanismos cerebrais que regulam o prazer da alimentação, a fome e a sensação da saciedade são muito semelhantes aos que influem na dependência de drogas como álcool e cocaína.
por Oliver Grimm

Oliver Grimm é psiquiatra do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim, Alemanha
[continuação]

MARKETING AGRESSIVO
O sucesso da indústria de fast-food não deixa dúvidas de que o comportamento alimentar é facilmente influenciável por estímulos externos. Entender o que se passa no cérebro dos gulosos certamente ajudará a desenvolver estratégias terapêuticas mais eficazes para a luta contra a epidemia global de obesidade.

De fato, alguns medicamentos usados na terapia contra o abuso de drogas têm ajudado pacientes obesos a manter a boca fechada por mais tempo. Antagonistas opióides (que neutralizam o efeito da morfina) como naloxone e o naltrexone, oferecem bons resultados. Drogas bloqueadoras dos receptores canabinóides também ajudam a controlar a compulsão alimentar. No entanto, não há pílula mágica e na maioria dos casos a perda de peso é lenta. Estudo de 2005 realizado pelo endocrinologista Luc Van Gaal, do Hospital Universitário da Antuérpia, Bélgica, concluiu que esses medicamentos fizeram os pacientes perder em média 7 kg por ano, ao passo que aqueles que tomaram placebo perderam quase 2 kg no mesmo período. Obviamente, emagrecer apenas com remédio é uma ingênua pretensão. Mudar os hábitos alimentares, de preferência com o acompanhamento de um nutricionista, é a combinação que proporciona melhores resultados. Mas é fácil falar...

Tantos os dependentes químicos quanto os obesos são estigmatizados pela sociedade, em parte por causa da crença muito disseminada de que abusar de comida ou de substâncias psicoativas é algo completamente sujeito ao controle voluntário - o que não é verdade.

Hoje, obesidade e abuso de drogas são considerados distúrbios multifatoriais com forte presença de componentes genéticos. Até 60% da predisposição à dependência química e cerca de 50% dos casos de obesidade podem ser atribuídos a causas hereditárias, apoiadas por fatores subjetivos e ambientais. Vários estudos já identificaram mutações igualmente importantes para a obesidade e a dependência, embora se saiba que a expressão de ambas depende da participação de vários genes.

Mas como não somos apenas produto de nossa carga genética, a interação com o meio é o que dá contorno ao quadro epidemiológico atual. Além da enorme oferta de alimentos de alto conteúdo calórico a preços muito acessíveis, os pesquisadores apontam o stress como um poderoso fator ambiental associado à propensão ao comportamento compulsivo relacionado tanto a drogas quanto à comida. Crianças estressadas, por exemplo, têm maior risco de ficar obesas ou de usar drogas na adolescência ou no início da vida adulta.

Além dos aspectos psíquicos, genéticos e psicossociais, também microorganismos podem influenciar as possibilidades de uma pessoa ser gorda ou magra. Segundo pesquisas recentes, a flora intestinal dos obesos tem maior proporção de microorganismos que ajudam na digestão dos alimentos. Estudos com camundongos sugerem que a obesidade poderia ser contagiosa. Quando certas bactérias foram transplantadas de animais gordos para outros magros, em pouco tempo os últimos aumentaram a quantidade de gordura corporal.

- Tradução de Saulo Krieger

Doce sedução
Nem todas as drogas causam dependência com a mesma rapidez ou na mesma intensidade. Um dos fatores que fazem a diferença é a forma como a substância é administrada. Quando são injetadas ou inaladas em geral se tornam mais poderosas que quandos aspiradas ou ingeridas e isso ocorre porque as primeiras atingem o cérebro em concentrações mais altas. Ainda assim, as substâncias psicoativas têm características intrínsecas que as distinguem quanto a sua capacidade de produzir dependência. O experimento clássico, em que ratos pressionam barras para obter uma dose de alguma droga por via intravenosa, não deixa dúvidas. Quando lhes é oferecida cocaína ou anfetamina, eles se auto-administram com tal freqüência que deixam de comer e morrem por falta de alimento. O mesmo não ocorre com a nicotina ou a maconha, por exemplo. A diferença está no poder adictivo de cada uma, que reflete a atividade do núcleo accumbens no momento da administração. Quanto mais dopamina é liberada nessa região, mais intenso será o prazer do indivíduo e maior a probabilidade de que ele busque a sensação repetidas vezes.

Com comida não é diferente. Alimentos ricos em gordura e carboidratos estão muito mais relacionados a comportamentos compulsivos que os com alto teor de proteínas e fibras. Quem nunca devorou uma caixa de bombons num só dia ou um pacote de batatas-fritas em poucos minutos? Já encontrar quem coma mais de três bifes ou todo um pé de alface numa mesma refeição é bem mais difícil. Aí está o problema das dietas para redução de peso. Como frutas, vegetais e alimentos ricos em proteínas (e pobres em carboidratos) não têm o mesmo poder de ativar nossos mecanismos de recompensa, resistir às tentações do dia-a-dia, para muitos é uma tarefa dificílima, e viver de alimentos que lhes proporcionam muito menos prazer é quase uma tortura.

Estômago reduzido, novos sintomas
A cirurgia de redução de estômago é uma opção cada vez mais adotada por quem não suporta mais viver com excesso de peso. O procedimento se popularizou de tal forma que muitos já questionam sua banalização e seus reais benefícios em longo prazo. Afinal, de que adianta modificar radical e irreversivelmente uma parte do corpo se a origem do problema está no cérebro? De fato, vários estudos mostram que a maioria dos pacientes não só volta a engordar como desenvolve novos distúrbios.

Estudo feito no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo que acompanhou 53 pacientes que passaram pelo procedimento entre cinco e nove anos atrás revela que 64% voltou a ser obeso e 13% retornou ao estado de obesidade mórbida. Segundo a psicóloga Marlene Monteiro da Silva, coordenadora do curso de transtornos alimentares e obesidade do HC, o esperado é que o paciente emagreça o almejado e, depois, ganhe novamente cerca de dez quilos. No entanto, na amostra avaliada, quase 60% engordou mais de dez quilos, 13% ganhou mais de 30 quilos e apenas 8% manteve o peso ideal. "Os dados são preliminares, mas não deixam de ser um alerta para pacientes e médicos: a cirurgia de redução de estômago não deve ser entendida como uma fórmula mágica", explica Monteiro da Silva. Os resultados revelam ainda que não é raro os pacientes trocarem um compulsão por outra. Casos de alcoolismo foram observados em 18% dos indivíduos. "A obesidade é um sintoma de problemas anteriores. Existe no obeso a necessidade de se esconder de alguma coisa que vai ser descoberta somente após a cirurgia", conta a psicóloga.

Reduzir o tamanho do estômago parece uma medida simples, mas são tantos os fenômenos psíquicos envolvidos que o acompanhamento psicológico não deve ser negligenciado. Segundo Monteiro da Silva, o período pós-operatório pode ser comparado às fases do desenvolvimento infantil. Os primeiros três meses equivalem à fase oral: a maior preocupação do indivíduo é com a comida, que consiste apenas de sopas e papinhas. Nesse momento ele fica emocionalmente frágil e chora muito. A partir do quarto mês há um "retorno" à fase anal: alguns chegam a pesar 20 quilos a menos e sentem-se mais expostos. Surge uma agressividade, o medo da mudança de identidade e a impossibilidade de recorrer à comida para aliviar as angústias. Por volta do sétimo mês começa a fase pré-genital, uma espécie de adolescência emocional. Muitos quilos mais magros, os pacientes querem aproveitar tudo, muitas vezes de forma inconseqüente. É nesse momento que correm o risco de se tornar dependentes de álcool e outras drogas ou de viver relações promíscuas. As compulsões tendem a aumentar depois da cirurgia e costumam ser acompanhadas de depressão e de ganho de peso, apesar do estômago reduzido. "Aí as pessoas se dão conta que o problema não era só o excesso de peso, de que há sempre faltas e que é preciso conviver com elas", diz a psicóloga.

Para conhecer mais
Obesidade: prevenindo e controlando a epidemia global. Organização Mundial de Saúde. Roca, 2004.
Transtornos alimentares e obesidade. Maria Angélica Antunes et al. Artmed, 2006.
Obesidade como sintoma. Maria Salete Arenales Loli. Vetor, 2000.
Associação para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - www.abeso.org.br
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo - www.endocrino.org.br

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/armadilhas_da_obesidade_5.html

domingo, 22 de janeiro de 2012

Unhas decoradas China

Outro modelo de unhas decoradas é este, A-D-O-R-E-I!!!
Me lembra a China e todo o seu glamour Vermelho e Dourado!!!


Vermelho: Colorama camada única - Penélope
Dourado: Revlon - 900 Gold Get'Em

Passei a camada do vermelho, esperei secar;
Passei a camada do dourado, esperei secar;
molhei um chumaço de algodão na acetona e fui retirando levemente o dourado de cada unha.

bEIJOS, bEIJOS

Denúncia de preconceito a Gordos!

Meninas quero denunciar um perfil do facebook que postou uma foto muito preconceituosa, que a meu entender só faz com que aumente a ojeriza que muitas pessoas têm à pessoas gordas.



Segue o link para a foto e por favor denunciem!!!
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=305252742860180&set=a.258717920846996.81900.258686257516829&type=3&theater

Este é a página que está vinculando esta imagem entre outras..
https://www.facebook.com/pages/FISICULTURISMO/258686257516829

NÃO TENHAM VERGONHA DE SEREM GORDINHAS! NÓS SOMOS LINDAS E MERECEMOS RESPEITO!!!!

Não somos porcas e é humilhante sermos comparadas a tal!
Por favor compartilhem muuuuito!!!

Já foi comprovado cientificamente e vinculado na mídia que o gordo tem o organismo diferenciado, logo, não devemos ser  hostilizados por termos nosso metabolismo mais lento.
Muitos não são gordos porque querem!
E obesidade é uma doença!!!

Quanto estes ignorantes vão entender isso???

Nossas vozes devem ser ouvidas! devemos acabar com este preconceito!

UNIDAS CONTRA O PRECONCEITO A GORDOS!!!

Beijos, Beijos
Cherry Gim

sábado, 21 de janeiro de 2012

Armadilhas da obesidade - Parte 1

Revista Mente & Cérebro - edição 169 - Fevereiro 2007

Armadilhas da obesidade
Mecanismos cerebrais que regulam o prazer da alimentação, a fome e a sensação da saciedade são muito semelhantes aos que influem na dependência de drogas como álcool e cocaína.
por Oliver Grimm
Muita gente acredita que informação e força de vontade são suficientes para se livrar dos quilos a mais. Falar é fácil. Difícil é vencer as tentações, todos dias e em toda parte. Embora estejamos cansados de saber dos malefícios do excesso de gordura e de açúcar e dos riscos da obesidade, para um número cada vez maior de pessoas é impossível resistir e controlar os apelos do estômago. Às vexes, a vontade de comer é mais forte que a melhor das intenções, as recomendações médicas e os ideais de beleza. Em nome de pequenos prazeres efêmeros, colocamos os bons propósitos, a auto-estima e até a saúde.

Porém, não basta atribuir à vontade do indivíduo todo o ônus de manter uma alimentação saudável. Hábitos alimentares são resultado de forças orgânicas e psíquicas que estão, em grande parte, fora do alcance de nossas decisões conscientes.

Qualquer pessoa que já fez dieta sabe disso. Hoje a obesidade é um dos grandes problemas de saúde pública mundial; o acúmulo de gordura corporal é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só na Europa morrem todos os anos cerca de 250 mil pessoas em decorrência dos maus hábitos alimentares. No Brasil, 27 milhões de pessoas estão acima do peso e quase sete milhões são obesos.

A identificação da leptina, um peptídeo secretado pelas células adiposas e que desempenha um papel-chave na regulação do apetite e do metabolismo energético, foi um dos grandes marcos na pesquisa da obesidade. Descoberta em 1994 pelo biólogo Jeffrey M. Fridman, da Universidade Rockefeller, a leptina interage com receptores situados no núcleo ventral medial - região do hipotálamo conhecida como centro da saciedade -, sinalizando quando já se comeu o suficiente. Em condições ideais, o aumento dos depósitos de gordura produz sinais que inibem a ingestão de alimentos. Nos obesos, porém, há uma disfunção nessa retroalimentação mediada pela leptina.

Fatores hereditários explicam boa parte dos casos de obesidade e de dependência química; mutações já identificadas envolvem vários genes


O que acontece na obesidade é o mesmo mecanismo do diabetes tipo II, em que níveis elevados de glicose estimulam a secreção excessiva de insulina, de forma que os receptores dessa ficam dessensibilizados - por essa razão esse tipo de diabetes é chamado resistente à insulina. De forma similar, o excesso de gordura faz com que níveis de leptina se tornem muito altos, e os receptores no hipotalâmicos deixam de responder. O resultado é a sensação de insatisfação e a vontade de comer mais.

Apontar a leptina como único fator responsável pelos quilos a mais, entretanto, é um equívoco: inúmeros determinantes físicos e psíquicos contribuem para esse quadro considerado, na maior parte das vezes, não um transtorno em si, mas um sintoma.

Há muito tempo os cientistas já perceberam aspectos comuns entre o comportamento alimentar compulsivo e a dependência química. Um deles é o craving, descrito como um desejo intenso de ingerir algo muito específico, que pode ser chocolate, pizza, cerveja ou cocaína. Outro exemplo é o evidente aumento da ingestão de alimentos, quase sempre acompanhado de ganho de peso, experimentado por qualquer pessoa que pára de fumar.

Escondida nas profundezas do cérebro reside uma estrutura que nos ajuda a compreender o papel da compulsão alimentar na obesidade. Também conhecido como centro do prazer, o núcleo accumbens é um conjunto de neurônios comprovadamente envolvidos nos mecanismos de dependência. Importante na regulação da emoção e da motivação, ele é um local de convergência de fibras procedentes da amígdala, do hipocampo e dos lobos temporais, e emite projeções para regiões como córtex cingulado, lobos frontais e hipotálamo. Todas as substâncias que levam à dependência promovem a liberação de grandes quantidades do neurotransmissor dopamina nessa região, o que na prática se traduz como uma sensação de enorme prazer. A cocaína e a anfetamina, por exemplo, aumentam em até 15 vezes concentração de dopamina no núcleo accumbens e algo semelhante acontece com a morfina e a heroína. Mas o que isso tem a ver com a obesidade?

Uma das projeções do núcleo accumbens exerce comando direto sobre o hipotálamo, que regula, entre tantas coisas, o comportamento alimentar. Animais de laboratório modificados geneticamente para não produzir dopamina dão mostras inequívocas dessa estreita relação: perdem a motivação, deixam de comer e acabam morrendo de inanição. À medida que seu cérebro recebe doses periódicas do neurotransmissor, voltam a se alimentar normalmente. Em 2001, a psiquiatra Nora Volkow, hoje diretora do Instituto Nacional contra o Abuso de Drogas, em Bethesda, observou, por meio de tomografia de emissão de pósitrons (PETscan), uma correlação negativa entre índice de massa corporal (IMC) e concentração de receptores de dopamina no núcleo accumbens. Em outras palavras, quanto mais gordo o indivíduo menor a disponibilidade dos receptores dopaminérgicos. Os resultados sugerem que a compulsão alimentar seria uma forma de compensar a ausência de efeito do neurotransmissor. Teoricamente, a ingestão de comida deveria liberar mais dopamina, mas como aqueles receptores, por algum motivo desconhecido, estão escassos, a solução é comer mais ainda, dando origem a um círculo vicioso que também é a principal característica do abuso de drogas.

Além do núcleo accumbens, a amígdala é outra estrutura essencial para a compreensão da compulsão alimentar. Já na década de 30, o neurocientista alemão Heinrich Klüver e seu colega americano Paul Bucy lesionaram a amígdala de macacos e assim os transformaram em verdadeiras máquinas devoradoras: levavam à boca tudo o que fosse comestível, e muitas vezes também o que não era.

Responsável pelas reações de medo, a amígdala é uma estrutura muito antiga do ponto de vista evolutivo e de importância central para o sistema límbico. Seu papel sobre o comportamento alimentar em humanos foi demonstrado em 2001 por Kevin LaBar, do Centro de Neurociência Cognitiva da Universidade Duke. O pesquisador apresentou objetos comestíveis e não-comestíveis a nove indivíduos cuja atividade cerebral foi monitorada por meio de tomografia helicoidal.

Soando o alarme
Os participantes eram saudáveis, embora famintos por um jejum de oito horas que precedeu o experimento. Mas o desconforto durou pouco. Depois da primeira bateria de testes, eles puderam se deliciar com uma farta refeição, antes de serem novamente submetidos ao tomógrafo. Assim LaBar comparou a atividade cerebral das mesmas pessoas em duas situações: com fome e, depois, devidamente saciadas. Os resultados da primeira etapa do teste mostraram que nos cérebros dos esfomeados a amígdala entrara em franca atividade sempre que algo comestível surgia em seu campo de visão. Esse efeito não se manteve na segunda etapa, após a refeição, o que mostra que a amígdala funciona como um alarme no organismo.

Quase simultaneamente aos experimentos de LaBar sobre os mecanismos da fome e da saciedade, o neurocientista Clinton Kilts conduzia, na Universidade Emory, em Atlanta, realizaram estudos semelhantes com dependentes de cocaína. Os cientistas lhes mostravam fotos perturbadoras, como as típicas fileiras de pó branco, por exemplo. Observada pelo PETscan, a amígdala reagia de forma exacerbada tão logo os indivíduos puseram os olhos sobre a imagem.

Outra estrutura nitidamente envolvida na dependência química é a porção superior da órbita ocular do córtex frontal, mais conhecido como córtex orbitofrontal (COF), o qual tem grande participação na regulação do humor e no comportamento baseado em recompensa. Pacientes que sofreram lesão no COF em decorrência de traumatismo ou doença degenerativa geralmente apresentam dificuldades para controlar seus impulsos, falam tudo o que lhes vem à cabeça e manifestam suas compulsões tanto no jogo como na alimentação.

A bióloga Dana Small, da Universidade Noroeste, em Chicago, foi uma das primeiras a detalhar a participação do COF nas sensações de prazer decorrentes da ingestão de alimentos. Enquanto nove pessoas se deleitavam à vontade com seus chocolates preferidos, a pesquisadora observada a atividade de seus cérebros pelo PETscan. Juntamente com várias outras partes do córtex, sobretudo as responsáveis pela assimilação sensorial, a porção medial do COF vibrava intensamente. Pouco tempo depois, Small repetiu o experimento, mas com uma modificação crucial. Dessa vez, os voluntários deveriam consumir quantidades cada vez maiores de chocolate, de forma que o prazer de outrora se transformasse em sofrimento. Os resultados mostraram que o COF médio, antes em franca atividade, foi inibido. Enquanto isso, uma região vizinha, o COF lateral, entrou em ação.

O que todos esses estudos revelam é que vários mecanismos cerebrais subjacentes ao comportamento alimentar são muito semelhantes, se não os mesmos, aos implicados na dependência, seja de drogas como álcool ou cocaína, seja de jogo. Obviamente, nem toda obesidade pode ser explicada pelo comportamento alimentar compulsivo; em muitos indivíduos, o componente genético é muito forte. Na maioria dos casos, porém, o controle da ingestão de alimentos promove excelentes resultados.

CONTINUA...
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/armadilhas_da_obesidade.html

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Unhas decoradas Planetas

Hello cherrydas, Bom dia!!! Que seu dia esteja lindo!!!!
Mais unhas decoradas para vocês!!!

São as que eu eu mais gosto, as chamo de desenhos de Planetas...heheh (tosco, eu sei, mas eu gosto assim)


Beijos, Beijos



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Elo genético entre obesidade e atrofia cerebral

Revista Mente & Cérebro - 26 de julho de 2010

Elo genético entre obesidade e atrofia cerebral
Variação do gene conhecido como FTO é responsável por uma pequena, porém significativa, diminuição do volume do cérebro
por Luciana Christante
Cortesia da Universidade da Califórnia
Déficit cerebral em pessoas obesas portadoras do gebe FTO (esquerda) e déficit cerebral na maioria dos obesos (direita)
Um estudo da Universidade da Califórnia em Los Angeles descobriu que um gene ligado à obesidade e presente em quase metade dos europeus ocidentais pode estar associado a um tipo de degeneração cerebral. Em um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os
pesquisadores afirmaram que uma variação do gene conhecido como FTO, cuja associação com excesso de peso já era conhecida, é responsável por uma pequena, porém significativa, diminuição do volume cerebral.

Participaram do estudo 206 caucasianos idosos e saudáveis que tiveram o cérebro escaneado para a produção de mapas em três dimensões. Apesar das evidências, a relação genética entre degeneração cerebral e obesidade observada ainda é difícil de ser compreendida, segundo os autores. Eles destacam que o excesso de peso é um conhecido fator de risco para o declínio cognitivo, mas isso não é suficiente para explicar o mecanismo responsável pela atrofia cerebral nos portadores dessa variante do gene.

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/elo_genetico_entre_obesidade_e_atrofia_cerebral.html

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Unhas decoradas Cup Cakes

Cherrydas, andei dando uma caprichada nas unhas ano passado, mas não tive oportunidades de postá-las aqui....logo, seguirei com uma série de modelos de unhas decoradas...

Segue hoje, os cup cakes lindos que pintei. O modelo é simples, inicia-se com a parte da embalagem e depois a cobertura e os confeitos...

Beijos, Beijos

As cores usadas foram:
Laranja: Impala - matte fluors tech
Amarelo: Impala - matte fluors
Azul: misturinha
Marrom escuro: Ana Hickmann - Ágata
Marrom claro: Colorama - Bronzeado
Rosa: NYC - 111 Fuchsia Shock Creme
Branco: Jordana - French Manicure



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Molécula da obesidade

Revista Mente & Cérebro - 15 de junho de 2007

Molécula da obesidade
Pesquisadores identificaram substância que age no cérebro humano e pode explicar por que algumas pessoas são naturalmente mais ativas e menos suscetíveis ao ganho de peso
Agência Fapesp
(Agência Fapesp) − A pergunta é simples, mas a resposta não: quando submetidas à mesma dieta, por que algumas pessoas ganham mais peso do que outras? A resposta pode ser uma molécula chamada Bsx, segundo estudo que acaba de ser divulgado por cientistas da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, do Instituto de Nutrição Alemão e do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL, na sigla em inglês).

De acordo com a pesquisa, publicada na revista Cell Metabolism, a Bsx representa a ligação molecular entre atividades físicas espontâneas e a ingestão de alimentos. Em testes, camundongos sem a molécula apresentaram menor atividade física espontânea, perceberam sinais de fome de modo diferenciado e tiveram menor concentração de hormônios ligados ao processo de fome.

Atividades físicas espontâneas (movimentos involuntários) e ingestão de alimentos são dois fatores importantes na variação do peso corporal. Ambos são controlados pela mesma região do cérebro, o hipocampo, e estão intimamente ligados. Quando uma pessoa sente fome, tem aumentada sua atividade espontânea e o resultado inevitável é procurar algo para comer.

“Camundongos sem Bsx em seus hipotálamos apresentam menor atividade espontânea e procuram menos por comida, que é um comportamento baseado na atividade locomotora”, disse Mathias Treier, do EMBL, que coordenou a pesquisa.

De acordo com o estudo, os animais sem Bsx produzem menos hormônios responsáveis pela promoção da sensação de fome. Como resultado, apenas muito raramente tais animais procuraram comida, mesmo quando famintos por um longo período.

“A Bsx muito provavelmente tem um papel similar no controle de peso em humanos. Diferenças na atividade da molécula de um indivíduo para outro podem explicar por que algumas pessoas são intrinsecamente mais ativas do que outras e menos suscetíveis à obesidade derivada de dietas. Ou seja, a Bsx pode ser a chave para explicar por que a mesma dieta faz uma pessoa obesa e a outra não”, disse Maria Sakkou, outra pesquisadora do EMBL que participou do trabalho.

Fonte:
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/molecula_da_obesidade.html
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